segunda-feira, 24 de novembro de 2008
e tudo começa a voltar ao normal...
por fim já se começa a ver uns sorrisos de muita alegria nos bicos do nosso clã... finalmente as ondas voltaram ao sul da nossas ilha, pequeninas mas curtidas como nos gostamos... só aproveitar o momento.... e os galináceos andam a tirar altas surfadas... o nosso galo esta um verdadeiro PRÓ!!! é de lavar as vistas... SHOW OFF!! é só subir e descer as ondas que nós adoramos... A mad depois de um pequeno dano já voltou ao mar e tenho a dizer que a vi fazer um belo drop de mão agarrada ao rail, cheia de estilo como se fosse fazer um tubo... A Rak la vai arranjando um tempinho para se atirar as ondas e como todos nós ja sabemos faz os seus altos drops rápidos, nas ondas que mais parecem que lhe vao comer... e eu finalmente depois de ja ter pensado ate em fazer uma pausa ao surf... fiz ontem das melhores, se nao mesmo a melhor (acho que sim) surfadas da minha vidinha com a minha nova aquisiçao... é simplesmente um luxo para essas ondinhas... eheheh
E VIVA AO FREESURF, VIVA AO NOSSO CLÃ, VIVA AO NOSSO ESPIRITO QUE NUNCA ACABE!!! ADORO-VOS******************* :D:D:D:D
Bichicken;)***
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
O meu texto preferido...
Achei engraçado partilhar com vocês o meu texto preferido. Não sei quem escreveu mas sei que foi publicado na Soup #10 de Janeiro de 2008. Não sei se é ilegal transcrever estas coisas mas como é só para o nosso uso, acho que não faz mal. Aqui fica:
O NÚMERO DA BESTA
O dia amanhecera com a luz de Deus, mas não eram anjos que moviam as águas do Atlântico naquele dia.
Cabo Raso! Tão próximo da Boca do Inferno. Um marco pequeno assinala algo grande demais para ser traduzido em palavras. Um dia não são dias, assim como homens não são Homens até provarem o contrário.
Factos são muitos, apesar de que, só devem ser contados aqueles que, verdadeiramente servem enquanto fios de uma história, ou de uma realidade.
O episódio que se segue é parte da realidade, a realidade vivida por um homem que já conversou com a morte.
O sol não traduzia a besta que caminhava nas águas. Monstros verdes avançavam pela costa adentro, tomando o poder das escarpas afiadas como um desafio de fracas proporções. As pedras eram engolidas com a ferocidade que as chamas devoram a madeira incauta. O Cabo Raso era puro assombro aos olhos daqueles que miravam a loucura que acontecia nas águas conturbadas. As vagas iam para os 6 metros de altura, como se o mar quisesse engolir o céu. Ao longe, bem longe, umas figuras minusculas desafiavam a Natureza. Para quem estava nas escarpas açoitadas pela fúria do mar, era inconcebivel o que estava a acontecer.
Uma mota de água sulcava o verde escuro do mar, a guiá-la estava o Miguel Ruivo, um homem que faz jus à sua alcunha "Rambo". É conhecida a sua vontade por massas liquidas mas, naquele dia Miguel resolveu respeitar o Inferno que se abatia no Atlântico. Alturas há, em que o homem tem apenas de ser homem e não deve ter vergonha disso, pois a condição humana é em si um fruto precioso ao equilibrio natural. Naquele dia, o Rambo guiava apenas alguém que ousou opôr a sua pequenez à brutalidade da natureza. No fundo da corda de reboque, estava uma figura de cabelo loiro, de olhar vidrado, olhos de quem já nasceu preparado para morrer e, por isso não teme a morte nem nada que roce as asas da bruma escura que assinala o fim de cada um de nós. André Pedroso, deslizava, agarrado à corda, esperando o momento certo para abraçar a besta que crescia, primeiro devagar até que, a figura pequena daquele homem não era mais do que um minusculo insecto a ser engolido pelo oceano.
Do barco, aqueles dois pareciam mover-se em camara lenta, à medida que aquela massa verde se erguia mais e mais até a figura do André não ser mais do que uma unha na altura de um homem. O último vislumbre foi fotografado, para sempre aqueles dois ficarem presos no tempo.
No penhasco que espreitava a fúria do oceano, estavam dezenas de curiosos, entre eles a namorada do André que assistia a tudo de câmara na mão. Como num palco, a plateia assistia perplexa aquilo que os olhos não estavam preparados para ver. André descia um monstro verde que crescia e crescia atrás dele, no bottom a onda media à vontade uns 6 metros e o André quase que caía , segurando a prancha à última da hora e seguindo em direcção à parede, onde crava um cutback, rasgando o que parecia ser a coxa de um "Stegossaurus". Terminou a onda ileso, incólume, apenas para assistir ao inferno abater-se sobre a sua pequena figura. Poucos metros o separavam da morte nos penhascos onde a multidão gemia baixinho. Joana largou a câmara, não aguentando mais a tensão e dos seus olhos brotaram lágrimas, aquiesceu-se no chão, soluçante, não conseguindo olhar mais para a morte que se aproximava do seu amado. Ele lutava como podia, fazendo bicos de pato em gigantes de 5 metros mas não havia meio de conseguir afundar, pois o colete que envergava, de cada vez que tentava o bico de pato, puxava-o para cima e para mais perto das rochas cinzentas.
É então que contrariando toda a lógica, André arranca como pode e o mais rapidamente possivel o colete, mas uma fita, no fundo do "zip", impede-o de tal. As ondas não esperam e açoitam-no mais uma vez. Se não houvesse o barulho do mar, o silencio seria profundo, a cena parada como a do filme "Riding with giants", onde Laird Hamilton, fica literalmente "pausado" dentro de mais uma aberração em Teahupo'o. Finalmente à força de braços, André parte a corda e lança o colete para trás, a tempo de fazer mais um sofrido duck dive, desta vez bem sucedido e que o faz afastar-se das rochas que clamavam pela sua pele. Ninguem acreditava que aquilo era efectivamente real, para todos os efeitos aquilo era um filme cheio de efeitos especiais. Tudo era branco à excepção do corpo do André que era castigado de uma maneira única, aproximando-se mais e mais das rochas.
Num momento parado, tal como no mar Vermelho aquando da travessia dos Hebreus, o oceano apiedou-se daquele louco e concedeu-lhe o tempo necessário para que a mota de água velha o pudesse resgatar das garras dos demónios que riam e urravam naquele dia.
Já no barco, todos estavam calados, nervosos, enquanto o André sorria e pedia para ser rebocado em mais uma. Quem é o André e de onde lhe vem esta vontade, à quem lhe chame loucura. Para ele não é nada, ou é a maneira que ele arranjou para fazer parte desta realidade.
Que Deus tome conta de ti Pedroso...
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Alma de surfista...
Amigos,
de volta já por detrás da minha secretária, no escritório do Hotel, salgada e vestida com roupas de 'emprego' e por detrás de uma função (de um papel?) que não se adapta em nada do que vesti à pouco (mesmo com a protecção de dentes e gozada por todos!).... É neste dias, que penso que devia mudar de vida, pois ela é tão curta... Sinceramente - e talvez por não ser de cá, ou de algum dia ter de voltar - cada vez que estou com vocês, que vou para o mar com vocês, não deixo de sentir um enorme previlégio!! um dia se partir, vai-me custar muito, vou ter muitas saudades... Já surfei noutros locais, com outras pessoas ao lado e não é a mesma coisa! Não é a mesma pica. Sou previligiada em ter-vos como colegas do 'surf'!...
os olhos azuis da Bi, o seu surf limpo e persistente, seguro........
o sorriso da Rak, a sua boa disposição e inconsciência nos 'drops' de ondas mega.......
a loucura e maluquice do Joe, a sua coragem, o seu subir e descer perfeito na parede da onda, os seus ginchos e urros de alegria.......a sua forma de tornar os momentos mágicos, únicos...
há coisas k n se aprendem em revistas, em DVD's, em aulas.... é a magia de estarmos juntos e de juntos disfrutarmos o surf uns dos outros, sem ciúme, sem inveja, sem superiodade...
um obrigado!
Ass: MADCHICKEN
Subscrever:
Mensagens (Atom)